A EXECUÇÃO DAS GUARDAS FEMININAS DE BERGEN-BELSEN

🟢 PIX para apoiar o canal:
▶ historiouww2@gmail.com

Dos 50.000 guardas que serviram nos campos de concentração, os registros de treinamento indicam que aproximadamente 3.500 eram mulheres. Em 1942, as primeiras guardas femininas chegaram a Auschwitz e Majdanek vindas de Ravensbrück. No ano seguinte, os nazistas começaram a recrutar mulheres devido à escassez de guardas masculinos.

Logo após a libertação do campo de concentração de Bergen-Belsen, as autoridades militares britânicas começaram a investigar os crimes cometidos lá. De 17 de setembro a 17 de novembro de 1945, 44 homens e mulheres foram julgados por um tribunal militar britânico em Lüneburg.

Os réus consistiam no ex-comandante do campo Josef Kramer, assim como 16 outros homens da SS, 16 guardas femininas da SS e 11 ex-prisioneiros que desempenhavam funções de supervisão. Eles foram julgados de acordo com a lei militar britânica e acusados exclusivamente de crimes de guerra. Em contraste, os principais criminosos de guerra julgados pelo Tribunal Militar Internacional em Nuremberg em 1946 também foram acusados de crimes contra a humanidade e crimes contra a paz.

Bem mais de cem jornalistas da Alemanha e do exterior relataram extensivamente os procedimentos em Lüneburg. Eles informaram o público não apenas sobre as mortes em massa em Bergen-Belsen, mas também sobre as execuções em câmaras de gás em Auschwitz-Birkenau. Após dois meses de intensos interrogatórios de testemunhas, os juízes sentenciaram 11 dos réus à morte. Eles foram executados em 13 de dezembro de 1945 na prisão de Hamelin.

Catorze dos réus foram absolvidos pelo tribunal, e o restante recebeu penas de prisão que variaram entre um e 15 anos. No entanto, a maioria dessas sentenças foi substancialmente reduzida após apelações ou pedidos de clemência. Mais nove membros do pessoal do campo de Bergen-Belsen foram julgados por outros dois tribunais militares em 1946 e 1948.